
Nesse tempo não havia muita escolha a nível de programação como hoje há. A RTP cresceu comigo e é o meu canal. Sem qualquer tipo de dúvida. Com o aumento da oferta de canais, a importância da tv também aumentou. Qualquer tipo de tarefa, ainda hoje, é acompanhada pelo rumorejar da caixinha mágica, mesmo que ninguém lhe preste atenção. Torna-se uma espécie de companhia, sobretudo quando estamos sós e apetece ouvir a voz humana. Quantas vezes estudei com o aparelho ligado, quantas vezes adormeci embalada pelo seu som.
Agora estou sem tv no quarto, onde sempre gostei de ver tv e desde pequena que tenho o privilégio de o poder fazer. E, não vou negar, sinto um pouquinho de falta daquele ritual de ver um programa qualquer antes de adormecer e de a ligar no momento imediato ao despertar. Mas tenho abdicado dele com a maior das facilidades. Ainda não tratei de averiguar o que aconteceu ao meu televisor (se se definitivamente cansou de tantas horas a funcionar, se avariou ou se houve algum problema a nível eléctrico). Nem me preocupa. Preocupar-me-ia se isso acontecesse com o meu computador. Essa é a verdadeira razão para tamanho desprendimento. Penso que o lugar que o televisor tinha na minha existência está agora inequivocamente ocupado pelo computador. A minha janela para o mundo. Se antes passava as horas a ver os mais variados programas, hoje passo-as a navegar na internet. Substituí um passatempo por outro. Afinal de contas, com a internet posso ver o que quero, às horas que quero e sempre que quero. O que é mais vantajoso. Mas ainda não assina uma setença de morte à televisão. Apenas ocupou grande parte das horas que lhe dedicava. Até porque existem momentos que nunca gosto de perder e só têm encanto quando trazidos até nós pela televisão. E um desses é ouvir (e ver) o meu estimado José Rodrigues dos Santos dizer, ao fechar o Telejornal :
"A si, em especial, desejo-lhe uma muito boa-noite!".
3 comentários:
hehehe!
eu era da altura que dava a tele-escola à tarde e que Às vezes assistia!
ja tive TV no quarto mas digo-te já que destestei! prefiro ter na sala...
:)
Eu tenho televisão no meu quarto e estou muito habituada a ela mas na covilha só tenho na sala e mal dá, por isso passo semanas sem a ligar sequer. É mesmo uma questão de hábito, embora às vezes me sinta perdida e fora deste mundo sinceramente.
Olá minha querida.
ADOREI, adorei,adorei...
Está fantástica esta "poesia" de palavras.
Penso que em tempos num coment te terei dito que devias dedicar-te à escrita.Se não disse,pensei!
Tens muito jeito para prender o leitor ao ecrã a ler o que escreves.
Força.Arrisca.
Bjnhos com muito carinho
olharbiju
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