Vejo capas negras passarem por mim e lembro-me dos meus tempos de estudante. E tenho saudades, muitas... Agora já não me parece tão comprido o caminho que tinhamos de fazer do complexo à cantina (lembram-se quando brincavamos que deviamos dispôr daqueles carrinhos que existem no golfe dada a cada vez maior dimensão da nossa universidade?). O que não daria agora para percorrê-lo de novo e acabar sentada na mesa ao lado da gigantesca janela, com um prato de frango assado à frente e a companhia da música dos Xutos? O que não daria agora por um café acabadinho de sair da máquina que existia na biblioteca, junto aos sofás vermelhos que tantas vezes ouviram as nossas parvoíces (era muito "relax"...)? O que não daria agora por fazer de novo os trabalhos, mesmo que isso implicasse uma procura contínua de um sítio sossegado porque a cabeça já não aguentava mais e o corpo estava ausente? O que não daria agora por entrar de novo no anfiteatro da nossa escola, aquele onde tantas vezes desesperamos devido à ausência de janelas? O que não daria agora por voltar ao tão reclamado terceiro piso e enfrentar o placard do nosso curso, aquele onde tivemos algumas tristezas mas que também nos fez esbugalhar os olhos perante mais uma vitória? O que não daria para vos poder ter de novo todos juntos; rindo, resmungando, trocando ideias, estudando, jogando conversa fora?
Talvez a passagem por aquela "casa" não me tenha garantido o futuro mas garantiu-me bons amigos, bons momentos, boas ideias e a certeza de que conseguimos superar todas as adversidades e que para tudo há solução (mesmo quando certos senhores tentavam fazer-nos crer que não).
Bem sei que já não pertencemos ali, que as nossas cadeiras foram entretanto ocupadas por outros e que para a posteridade somos apenas mais um número (ainda sei os vossos de cor!). O mais certo é já ninguém se lembrar de nós... Porém tenho a certeza daquilo que recordamos irregovavelmente quando chora esta canção:
"Se eu voar sem saber onde vou
se eu andar sem conhecer quem sou
se eu falar e a voz soar com a amanhã
eu sei...
se eu beber dessa luz que apaga
a noite em mim
e se um dia eu disser
que já não quero estar aqui
só Deus sabe o que virá
só Deus sabe o que será
não há outro que conhece
tudo o que acontece em mim
se a tristeza é mais profunda que a dor
se este dia já não tem sabor
e no pensar que tudo isto já pensei
eu sei...
se eu beber dessa luz que apaga
a noite em mim
e se um dia eu disser
que já não quero estar aqui
só Deus sabe o que virá
só Deus sabe o que será
não há outro que conhece
tudo o que acontece em mim
se eu beber dessa luz que apaga
a noite em mim
e se um dia eu disser
que já não quero estar aqui
na incerteza de saber
o que fazer, o que querer
mesmo sem nunca pensar
que um dia o vá expressar
não há outro que conhece
tudo o que acontece em mim"
"Eu sei", Sara Tavares.
Citando Henrique Maximiliano Coelho Neto: "A casa da saudade chama-se memória: é uma cabana pequenina a um canto do coração."
Até quarta...
9 comentários:
ola gira!
tb tenho alguma saudade do meu tempo de estudante universitaria!
:)
bjnh
Olá amiga. Vim para agradecer os mimos tão queridos que me enviaste. Não precisava se incomodar. Adorei a surpresa e as coisitas que me enviaste. Aiiii que vou ficar tão gira com este colar. Meu muito obrigada mesmo, do fundo do coração. Agradeço todos os dias ter encontrado na net pessoas sinceras e amigas como você. Tenho muito orgulho de ser sua amiga. Beijinhos da alma no seu coração. Rosi.
Num texto tão pequeno...e tantas memórias vieram ao meu pensamento...desde carro de golf ao relax (peito XXL?!?!?!)
É incrivel...foram muitos bons tempos...ou melhor excelentes amigas, das quais gostava de ter sempre perto ....
é as festas na residencia (ou residencial!??!?!)
e aquele dia no sameiro, onde todas cantamos e sorrimos....
Não quero de volta tempo universidade, mas quero manter para sempre a amizade que encontrei naquela "casa"
beijos amiga(s)
olá vóvó!!!então para kuando esse café para matar saudades e afiar a lingua? hehehehe combina com a Rita!!!! jinhos Edu e Carmo
olá isabel. é incrivel como me revejo neste teu post. acabei o curso lá este ano, e na missa de finalistas esta música foi usada como salmo. escusado será dizer que me emocionei muito... quando lá estamos queremos que acabe rápido, quando finalmente acaba ficam as saudades e a vontade imensa de voltar! como eu te entendo.... bem, isto já está a ficar um testamento! vim só cá dar-te um beijinho, mas não podia deixar de comentar! fica bem linda (ah, quando quiseres podemos marcar a troquinha!!!) ANA
Olá!
Como pediste, cá estou a informar que recebi hoje o colar do Leilão do Clube - "Refúgio das Patinhas".
Obrigada!!
É lindo, claro!
Bjitos e bom fim de semana.
Olá miga
Ainda esta semana no final de um dia de trabalho, vim pelo lado da universidade. E veio a saudade daqueles tempos de estudante, saudade nao da parte do estudo :))
Do tempo que passamos todas juntas, do tempo passado na biblioteca, do choclate quente.
E tambem das festas da residencia, Paula eu é que mudei o nome para residencial :)))
Bons tempos aqueles....
Beijos
B
Tudo na vida tem a sua altura e estamos sempre ansiosos que acabe, acontece com tudo e só quando passa é que damos valor ás coisas.
Como te compreendo.
Beijocas
Ana
Passei para desejar um bom dia e que tudo de bom lhe aconteça.
Beijinhos da Rosi.
http://arteseretalhos.blogs.sapo.pt/
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